terça-feira, 6 de novembro de 2012






Minha lâmpada de cabeceira está estragada. Não sei o que é, não entendo dessas coisas. Ela acende e, sem a gente esperar, apaga. Depois acende de novo, para em seguida tornar a apagar. Me sinto igual a ela: também só acendo de vez em quando, sem ninguém esperar, sem motivo aparente. Para a lâmpada pode-se chamar um eletricista. Ele dará um jeito, mexerá nos fios e em breve ela voltará a ser normal, previsível. Mas e eu? Quem desvendará meu interior para concertar meus defeitos?


Caio Fernando Abreu



segunda-feira, 5 de novembro de 2012






Nesses caminho de idas e vindas não me perderei. A minha rua já 
não encontra com a tua de modo que passamos um pelo outro
perdidos e invisíveis. No caminho só ficou silêncios e olhares 
distantes.


Dal Hofmann