sexta-feira, 31 de agosto de 2012





Ela disfarçou estar louca e tentou enganar a vontade desconsertada.
Ele insistiu na insanidade, riu do disfarce e declarou-se a ela.

(...)Os prazos não foram subestimados e as horas desaceleraram. Seus passos se desajustaram.O desejo consumiu algumas palavras e confundiu os sentimentos novatos. Ele apaixonou-se. Ela morreu de amor."

(Ana Carolina) 








...mais feliz quem sabe.




quinta-feira, 16 de agosto de 2012






Era 13 de Janeiro... 

Lembro-me como se hoje fosse. Éramos dois estranhos, perdidos e sozinhos. Tinha lua no céu. Então pouco tempo fazia tanto tempo que eu te queria. E enquanto eu te abraçava meu coração já te queria. O tempo que estive com você foi o melhor que já me aconteceu. Esperei esse tempo todo em silêncio, calado, porque não queria ser precipitado e sair queimando as etapas como foi a forma que nos afastamos. Resolvi te escrever porque no meio de toda aquela confusão de palavras uma coisa muito importante tinha passado desapercebida aos teus olhos. Eu te amava e não importava o que falassem. Sim, as palavras traem o que sentimos e queremos dizer. Quando seu “amigo” veio falar comigo eu sábia que algo de ruim estava para acontecer. Meu coração nunca se engana e dessa vez não tinha sido muito diferente. 

De tudo aquilo que seu amigo me falou e o que eu quis passar para ele foi: “Não importa o que você fale porque não vou me importar. Enquanto ele me quiser não o deixarei”. Infelizmente você não conseguiu notar isso, as palavras às vezes parecem ser o que não são. Utilizam do perigo das entrelinhas. 

Sim. Nesse texto eu estou admitindo que te amei. Estou te dando o direito de saber que foi amado, que você não foi um passatempo. Você não foi vítima da minha vaidade. Sempre te falei que eu não era bonito, assim como você deixou claro. Quando eu disse: “Vai lá nas minhas fotos e olha minha cara de preocupação” não era porque não me importava com você. Mas sim porque nada me afastaria de você. Infelizmente você preferiu acreditar no que pareceu atrativo aos seus olhos e meu erro foi o de ter aceitado esse distanciamento, sem te explicar, sem te mostrar o quanto eu precisava de você. Todas as palavras que usei pra te ferir foram armas que me machucam até hoje. Hoje vejo o preço de um mal entendido, da falta de dialogo. Eu não queria ter direito ao silêncio. A sua presença ainda grita dentro de mim nas letras das canções. Nunca esqueci nossas músicas: Ainda bem e Amado ( Vanessa da Mata) 

“...ainda bem que você aqui comigo! Porque senão, como séria esta vida? Sei lá! Nos dias frios em que nós estamos juntos. Meu corpo sem o seu uma parte seria o acaso e não sorte. “ 

Então é isso: Agora você sabe que eu nunca te esqueci. Pode rir de mim, tripudiar. Não sei os rumos que a sua vida tomou. Mas eu não me esqueci de você nenhum dia. 

“Eu procurei qualquer desculpa para não lhe encarar. Se eu tento esconder meias verdades, você conhece o meu sorriso e lê o meu olhar. Meu sorriso é só disfarce que eu já nem preciso. 

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais. E te perder de vista assim é ruim demais. E por isso que atravesso o teu futuro e faço das lembranças um lugar seguro. Não é que eu queria reviver nenhum passado e revirar um sentimento revirado. 



Mas toda vez que eu procuro uma saída, acabo entrando sem querer na tua vida!” 

Você era tudo que eu queria. 





domingo, 12 de agosto de 2012






Eu realmente acredito que todo fim precisa ser defeituoso, machucar, arrancar pedaço. Quando os laços se desfazem rápidos, porém brandos, acaba ficando um fino fio unido-os. E esse fio vai te matando aos poucos com os nós na garganta. 


Dal Hofmann

domingo, 5 de agosto de 2012






"Eu sei, eu sei, o eterno clichê “isso passa”. Passa sim e, quando passar, algo muito mais triste vai acontecer: eu não vou mais te amar. 
É triste saber que um dia vou ver você passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer. O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim. 
Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto. 
Eu me agarro à beiradinha do meu amor, eu imploro pra que ele fique, ainda que doa mais do que cabe em mim, eu imploro pra que pelo menos esse amor que eu sinto por você não me deixe, pelo menos ele, ainda que insuportável, não desista."

Tati Bernardi








Ele me olha com olhos acostumados. Eu nem sei se ele me acha bonita ou feia, e isso não faz a menor diferença pra ele. Mas pra mim faz.

Divã



sábado, 4 de agosto de 2012





‎''Nós sabemos quem amamos. Mas ás vezes o corpo grita tão alto que é capaz de nos ensurdecer''

Dal Hofmann









Humanos até onde?

São imagens como essa que faz pensar no tipo de seres humanos que estão nos transformando. Sim, estão nos transformando. Ninguém nasce com um coração tão sujo. Pessoas perdem a vida todos os dias diante dos nossos olhos, das nossas telas e lentes. Chega a ser desumana a forma com que a vida está sendo banalizada por motivos políticos. Guerras onde geralmente quem padece é quem está alheio a toda essa sujeirada política. O preço por trás de toda essa dor é muito pequeno diante do sofrimento que traz para essas pessoas, famílias, idosos, crianças, todas que pagam inocentemente. A paz dos templos religiosos é profanada todos os dias em nome do dinheiro e do poder. 

Como diz um trecho da música do Legião Urbana “A humanidade é desumana. Mas ainda temos chance(...)” e é isso. Continuarei esperando por dias melhores.




Foto: Kabul-Massoud-Hossaini-2012.