quinta-feira, 16 de agosto de 2012






Era 13 de Janeiro... 

Lembro-me como se hoje fosse. Éramos dois estranhos, perdidos e sozinhos. Tinha lua no céu. Então pouco tempo fazia tanto tempo que eu te queria. E enquanto eu te abraçava meu coração já te queria. O tempo que estive com você foi o melhor que já me aconteceu. Esperei esse tempo todo em silêncio, calado, porque não queria ser precipitado e sair queimando as etapas como foi a forma que nos afastamos. Resolvi te escrever porque no meio de toda aquela confusão de palavras uma coisa muito importante tinha passado desapercebida aos teus olhos. Eu te amava e não importava o que falassem. Sim, as palavras traem o que sentimos e queremos dizer. Quando seu “amigo” veio falar comigo eu sábia que algo de ruim estava para acontecer. Meu coração nunca se engana e dessa vez não tinha sido muito diferente. 

De tudo aquilo que seu amigo me falou e o que eu quis passar para ele foi: “Não importa o que você fale porque não vou me importar. Enquanto ele me quiser não o deixarei”. Infelizmente você não conseguiu notar isso, as palavras às vezes parecem ser o que não são. Utilizam do perigo das entrelinhas. 

Sim. Nesse texto eu estou admitindo que te amei. Estou te dando o direito de saber que foi amado, que você não foi um passatempo. Você não foi vítima da minha vaidade. Sempre te falei que eu não era bonito, assim como você deixou claro. Quando eu disse: “Vai lá nas minhas fotos e olha minha cara de preocupação” não era porque não me importava com você. Mas sim porque nada me afastaria de você. Infelizmente você preferiu acreditar no que pareceu atrativo aos seus olhos e meu erro foi o de ter aceitado esse distanciamento, sem te explicar, sem te mostrar o quanto eu precisava de você. Todas as palavras que usei pra te ferir foram armas que me machucam até hoje. Hoje vejo o preço de um mal entendido, da falta de dialogo. Eu não queria ter direito ao silêncio. A sua presença ainda grita dentro de mim nas letras das canções. Nunca esqueci nossas músicas: Ainda bem e Amado ( Vanessa da Mata) 

“...ainda bem que você aqui comigo! Porque senão, como séria esta vida? Sei lá! Nos dias frios em que nós estamos juntos. Meu corpo sem o seu uma parte seria o acaso e não sorte. “ 

Então é isso: Agora você sabe que eu nunca te esqueci. Pode rir de mim, tripudiar. Não sei os rumos que a sua vida tomou. Mas eu não me esqueci de você nenhum dia. 

“Eu procurei qualquer desculpa para não lhe encarar. Se eu tento esconder meias verdades, você conhece o meu sorriso e lê o meu olhar. Meu sorriso é só disfarce que eu já nem preciso. 

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais. E te perder de vista assim é ruim demais. E por isso que atravesso o teu futuro e faço das lembranças um lugar seguro. Não é que eu queria reviver nenhum passado e revirar um sentimento revirado. 



Mas toda vez que eu procuro uma saída, acabo entrando sem querer na tua vida!” 

Você era tudo que eu queria. 





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