quinta-feira, 10 de novembro de 2011


(...)Nos misturamos confusos, sem nos olhar nos olhos. Evitamos nos encarar — por que sentimos vergonha ou piedade ou uma compreensão sangrenta do que somos e do que tudo é? — mas, quando os olhos de um esbarram nos olhos do outro, são de criança assustada esses olhos. Cão batido, rabo entre as pernas.
Mastigamos em silêncio(...)


Caio Fernando Abreu, in: Pedras de Calcutá- Garopaba Moun Amour.

Nenhum comentário:

Postar um comentário