segunda-feira, 19 de setembro de 2011




Acontece que não tínhamos nada em comum, não que isso tenha importância, mas nossas familias não se conheciam, então não podíamos falar sobre os meus pais ou os avós deles, sobre os meus tios ou os seus sobrinhos ou qualquer outra dessas combinações genealógicas. Também não sabia que tipo de trabalho faziam, se é que faziam alguma coisa, nem sequer se liam, se estudavam, iam ao cinema, assistiam à televisão ou com que se ocupavam, enfim, além de me visitar aos sábados.


Caio Fernando Abreu

Nenhum comentário:

Postar um comentário