
Sentir é estar distraído.
Fernando Pessoa

Sem maquiagem, com marcas de lençol e travesseiro, completamente não produzida, rosto inchado. Recém amanhecida.Era assim que ele a amava.
No turvo seco de uma casa esvaziada da presença de um dragão, mesmo voltando a comer e a dormir normalmente, como fazem as pessoas banais, você não sabe mais se não seria preferível aquele pântano de antes, cheio de possibilidades - que não aconteciam, mas que importa? - a esta secura de agora. Quando tudo, sem ele, é nada.
Caio Fernando Abreu

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