quinta-feira, 3 de maio de 2012





“Caio tinha vocação para a tristeza.
Como todas as vocações, é difícil dizer de onde veio a dele. Acho que um pouco estava no DNA da nossa geração, mas também acredito numa espécie de sopro divino.”


“Caio se alimentava de paixão. Mas, por ser mais atento e sensível que a maioria, não suportava relações mornas: assim que percebia a fugacidade da paixão, quebrava tudo, ia embora, se decepcionava, sofria. Ele mesmo dizia que, se encontrasse um amor duradouro, talvez parasse de escrever”


''Talvez também por isso Caio tenha dito, certa vez, que a epígrafe, a síntese e “quem sabe epitáfio” de tudo o que produziu seria a frase que até hoje pode ser lida na fachada da casa número 19 do Quai de Bourbon, em Paris: “Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta”. 


(Paula Dip)


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