Um amigo que mata...

Até hoje não diferencio os cogumelos venenosos dos sadios. Como descobrir o que mata sem morrer um pouco por vez?

Fabrício Carpinejar
Ele já matou. Tenho que confessar isso, e tem matado impiedosamente. Quantas pessoas ele já matou? eu não sei ao certo, mas... acredito ser algo em torno de quatro... quatrocentos e vinte e cinco.Ele usa as armas mais infalíveis do mercado! O tiro é certeiro, e lá se vai mais uma vitima.Quanto as vitimas não é ele que escolhe... Elas caem em suas mãos como por suicídio. Um segredo sobre ele: ele mata ao menos sem saber. A forma mais comum que ele usa para matar é asfixiando suas vitimas. Elas simplesmente desfalecem em suas mãos.Ele tem uma certa queda por vitimas jovens e de rosto inocente, vejo seus olhos brilharem quanto a isso. Eu tenho um amigo que mata... mas, porém, todavia, não se preocupem! Ele nunca tentou me matar. Como lhes antecipei, ele mata sem saber. Isso mesmo... em muitos dos casos ele não chega se quer a ter conhecimento sobre as mortes que causa.
Ele tem um rosto doce e amigável o que facilita a conquista das vitimas. Tem um sorriso faceiro e o mais gostoso de todos os meus amigos. Humm, isso pode ser uma pista. Ele é alto, branco e... Acho que não tenho mais como esconder, após vocês lerem essa confição, ficará claro de quem se trata. Então vamos aos esclarecimentos. O nome dele é Gilson. Típico assassino de cinema. Aqueles tipos sedutores.Cuidado com ele... caso cruze com ele, não o olhe nos olhos, basta um olhar para que você seja a próxima vitima. Confesso que ficar exposto a suas armas não foi fácil de início... Ele é professor, tem uma profissão que mar geia o imaginário fantasioso de boa parte das pessoas. Talvez isso facilite seus crimes.Ele mata com tiro a queima roupa, quanto mais proxima do assassino mais fácil é sua morte.Ele mata como quem ama... Ele ama como quem mata. E isso é um fato!Caso não queira morrer de amores por ele... tem uma saída! É só você morrer de amor que a chama do amor não morre.                                                                            Por: Adalberto Santos