domingo, 7 de agosto de 2011


Ontem tomei um táxi e me distraí tanto olhando pela janela que no meio do caminho estendi a mão para o banco vazio do lado querendo pegar tua mão. Tô com saudade.  

Caio Fernando Abreu





"Fico vivendo uma vida toda pra dentro dentro, lendo, escrevendo, ouvindo música o tempo todo. Tenho tentado aprender a ser humilde. A engolir os nãos que a vida me enfia goela abaixo. A lamber o chão dos palácios. A me sentir desprezada como um cão, e tudo bem, acordar, escovar os dentes, tomar café e continuar... Fico ali parada, procurando alguma coisa que não estava nem esteve ou estaria jamais ali."

Caio F. Abreu



"Manda-me verbena ou benjoim no proximo crescente, e um retalho roxo de seda alucinante, e mãos de prata ainda (se puderes). E se puderes mais, manda violetas (margaridas talvez, caso quiseres). Manda-me osiris no próximo crescente e um olho escancarado de loucura (em pentagrama, asas transparentes). Manda-me tudo pelo vento: envolto em nuvens, selado com estrelas, tingido de arco-iris, molhado de infinito (lacrado de oriente, se encontrares)."

Caio Fernando Abreu



"Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança."


[Caio F.]

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